de resguardo
o mar na cabeça
o vento nos pés
de ventre virado
não vejo bem
este baralho
não me diz
o que quero
me diga você
se posso
desistir e partir.
Eu quase falho,
sempre:
intempestiva.
Mas continuo,
de ventre na lida.
Aprendiz,
brincando de viver,
escorregando na lama,
curiando por aí.
Vendendo minha alma
aos bandidos da estrada
para comer amanhã cedo.
Andando à esmo,
buscando
uma cura, um lugar
para ficar.
Um dia
o orvalho vai
me beijar,
mas ninguém escapa
é certo
de suas próprias vís
ceras.
Um dia
este sangue
para de pingar,
e não me capo mais
esperta
com vicissitudes e vír
gulas.
Um dia.
o sereno vai
me encontrar,
com os lírios no campo
e este incêndio vai
ficar minús
culo.
e este pranto vai
ficar minús
culo.
eu serei minúscula
e minha paz
gran
dona
e eu mais
vai serenar
e meu ventre vai
ter mar
e meus pés descalços vão
andar
e minha mente vai
ter olhos de gavião.
o mar na cabeça
o vento nos pés
de ventre virado
não vejo bem
este baralho
não me diz
o que quero
me diga você
se posso
desistir e partir.
Eu quase falho,
sempre:
intempestiva.
Mas continuo,
de ventre na lida.
Aprendiz,
brincando de viver,
escorregando na lama,
curiando por aí.
Vendendo minha alma
aos bandidos da estrada
para comer amanhã cedo.
Andando à esmo,
buscando
uma cura, um lugar
para ficar.
Um dia
o orvalho vai
me beijar,
mas ninguém escapa
é certo
de suas próprias vís
ceras.
Um dia
este sangue
para de pingar,
e não me capo mais
esperta
com vicissitudes e vír
gulas.
Um dia.
o sereno vai
me encontrar,
com os lírios no campo
e este incêndio vai
ficar minús
culo.
e este pranto vai
ficar minús
culo.
eu serei minúscula
e minha paz
gran
dona
e eu mais
vai serenar
e meu ventre vai
ter mar
e meus pés descalços vão
andar
e minha mente vai
ter olhos de gavião.
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