São paredes de pedra
São janelas de pedra
São muros altos de pedra
E são portas frias de aço
Um dia quis escalar
estes muros de pedra
e roubar as chaves
destes portões de aço
Procurei uma charada
uma prova de fogo
ou pelo o moço mau
que guarda a porta trancada
Um dia quis te surpreender
despido
de tua armadura de ouro
de tua coroa preciosa
de teu anel de sultão
nu
nadando de frente
no rio
no meio da mata
onde ninguém é mais que um animal
Mas hoje vejo
que eu quis mesmo
tua escalada com desejo
até meus muros altos
para surrupiar meu vestido
quebrar minha concha com sua espada
e rasgar meu sutiã como bandido
Surpreendendo-me
de costas
sobre pedra do rio
sob a luz do canto
das águas
onde eu sou mais enteal
Porém me arranhaste somente as meias
e ao invés de roubar-me as vestes
sugaste minhas veias
trouxeste-me uma pesada armadura
para lutar os jogos dos homens
ao invés de servires a mim o elixir dos deuses
A couraça de guerra
era para ser um presente?
Onde no amor eu desejo a paz,
logo me tornei ausente
Pois só despejo pimenta
em meu tacho de doce
se meu convidado
sentar-se comigo à mesa
sem coroa, nem chapéu
Daqui, das pequenas frestas,
das janelas
do meu muro alto de pedras
te observo distante
atrás de distrações corriqueiras
guerrilhas, caçadas infames
não posso mais seguir adiante
Apenas recordar mórbida
as ausências
minhas e suas
e cuidar
Para que estas paredes de pedra
para que estas janelas de pedra
para que estes muros altos de pedra
para que estas portas frias de aço
sejam menos hostis e mais astutas
menos toscas e mais maduras
mas que continuem
sempre puras
Porque o mundo precisa
de nossas águas claras
para as verdadeiras guerras
A alma necessita
despir-se da armadura
e respirar apenas
paz, acalento, pintura
Os muros e as portas
só servem aos inimigos
aos queridos sirva
café com bolo
quente, por favor.
São janelas de pedra
São muros altos de pedra
E são portas frias de aço
Um dia quis escalar
estes muros de pedra
e roubar as chaves
destes portões de aço
Procurei uma charada
uma prova de fogo
ou pelo o moço mau
que guarda a porta trancada
Um dia quis te surpreender
despido
de tua armadura de ouro
de tua coroa preciosa
de teu anel de sultão
nu
nadando de frente
no rio
no meio da mata
onde ninguém é mais que um animal
Mas hoje vejo
que eu quis mesmo
tua escalada com desejo
até meus muros altos
para surrupiar meu vestido
quebrar minha concha com sua espada
e rasgar meu sutiã como bandido
Surpreendendo-me
de costas
sobre pedra do rio
sob a luz do canto
das águas
onde eu sou mais enteal
Porém me arranhaste somente as meias
e ao invés de roubar-me as vestes
sugaste minhas veias
trouxeste-me uma pesada armadura
para lutar os jogos dos homens
ao invés de servires a mim o elixir dos deuses
A couraça de guerra
era para ser um presente?
Onde no amor eu desejo a paz,
logo me tornei ausente
Pois só despejo pimenta
em meu tacho de doce
se meu convidado
sentar-se comigo à mesa
sem coroa, nem chapéu
Daqui, das pequenas frestas,
das janelas
do meu muro alto de pedras
te observo distante
atrás de distrações corriqueiras
guerrilhas, caçadas infames
não posso mais seguir adiante
Apenas recordar mórbida
as ausências
minhas e suas
e cuidar
Para que estas paredes de pedra
para que estas janelas de pedra
para que estes muros altos de pedra
para que estas portas frias de aço
sejam menos hostis e mais astutas
menos toscas e mais maduras
mas que continuem
sempre puras
Porque o mundo precisa
de nossas águas claras
para as verdadeiras guerras
A alma necessita
despir-se da armadura
e respirar apenas
paz, acalento, pintura
Os muros e as portas
só servem aos inimigos
aos queridos sirva
café com bolo
quente, por favor.
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