O cárcere é privado
De algoz invisível
Sem ser vivo
Todo dia mata um pouco
De medo
Todo dia cresce um pouco
O inimigo é zumbi
Detesta sol
O cárcere pode ser uma mansão
Gigante que te oprime
Ou um cubículo minúsculo
Que guarda seus segredos
O cárcere tem paredes de espelhos
E é imparcial
Se o zumbi te come
Ou se sucumbe você
à sua fome
de animal
De animal
De animal
O mundo e suas grades, filosofal
Se o que te mata são os espelhos
Ou de gota pingando o desespero
As máscaras não filtram seu apego
O álcool não destila sua raiva
O sabão não lava as mãos de
Pôncio Pilatos
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