sexta-feira, 10 de agosto de 2018

Meu alaúde
toca romã
Será que viver é uma vitória
corrida de areia no vendaval
de dias tortos com alguma glória
Noutros balançando minha cadeira
de palha velha simplória

as folhas conversam no ouvido
quando o tempo pára
tem vezes com pássaro
no ombro da história
cantando a paz
da cadeira de palha no mato

Tenho teses de que se sobe
em asa de pássaro assim
em canto de mato

Daí em diante, só céu.
Para depois da glória, da história,
da cadeira e dos horizontes.



Você sempre quer abraçar o mundo com as pernas?


Não, como forrozeira:


Com o corpo todo.