segunda-feira, 10 de março de 2014

asas

de mãos atadas
sobre o nada
me deparo
desespero
e disparo
contra mim mesmo
com as mãos

atadas
em disparo
aperto
o gatilho
atalho
e retalho
apego
e castigo
aperto
com as mãos

destruo
com as mãos
intensa
com as mãos
aperto

com as mãos
dissipo
com as mãos
não me apego
aos nãos

com as mãos
eu pego
caco-a-caco
e prego
com as mãos

do lixo
com as mãos
um nicho
com as mãos
eu nasço
entre as mãos
e voo
pelo céu

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