quinta-feira, 24 de setembro de 2020

 a vida agita mais

fé na saudade

e na esperança

folhas secas

floresta em chama


Estacionou no inverno

em estado de chocar 

passados e futuros

sem presentes


Os contos saíram dos livros

para assombrar as cidades de dia

Os cantos choraram o circo

de atolar os sapatos na lama


Bunkers de guerra

Sem cartas de adeus

Agonizam na espera

Entre vacinas e chacinas


Suspensos do agora

Nos agarramos no É de manhã...

Gritado alto falante à fora

Num festival de saudade

molhada com gotas de algum

verão



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