domingo, 28 de novembro de 2010

Todo dia regava.
Era de camurça, corpo e alma.
Me acarinhava, mas às vezes era à minha revelia.
Me alentava, me cuspia.
Eu regava.
Me derramava de prazer.
Me dilacerava.
Eu regava.
Passou um verão. Quase se foi, troquei de lugar, reviveu.
E um inverno também.
Eu regava.
Não sabia porque, mas continuava regando, como se aquela água caísse em mim e me nutrisse de alguma forma.
Coloquei para tomar sol. Saí de casa e me esqueci, era de camurça!!! Como pude esquecê-la?
Choveu.
Se foi.
É para sempre?

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