Sei que tive pressa porque meu íntimo era inquieto e transbordante como pirata que trisca tesouro. Fui até os Confins do Mundo, gastei três botas de ferro. Ele estava lá, radiante, bem no fundo do mar. Esqueci de pedir permissão a Netuno, apressei em apanhar, correnteza levou furiosa.
Voltei ao meu reino, roí três biscoitos de ferro e me recolhi na montanha. Por três anos, cavaleiro inválido? Guerreiro pode se tornar sábio? Gastei três cajados de ferro, posso ir até os Confins do Mundo de novo, pois sou guerreiro, e guerreiro segue sua luta. Mas guerreiro, meu Deus, precisa aprender a rezar.
Sacerdotisa vele meu tempo de espera que o tesouro vem até a beira do mar. Porque tantas vezes, conquistas de espada são em vão e a Roda da Fortuna abençoa quem ajusta e agarra seu tempo com precisão.
Delonga, deserto, de novo, guerreiro aprendendo Eremita, amealhando silêncios, recebendo o tempo, olhando desconfiado para a sabedoria.
domingo, 13 de fevereiro de 2011
quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011
Acordo e me despeço
nas preces envelheço
Travesseiros me tecem
Manhãs me desvanecem
De teia de aranha tenho medo
Elas não gostam das manhãs
Sei quem sou
mas sempre faltam as partes
que não sei e que ainda serão
Padeço de perguntas
Amanheço com respostas
Queria alfazema em minha face
Tempero em meu coração, arde
o que me contém
o que me derrama
Sei mesmo que sou à parte.
nas preces envelheço
Travesseiros me tecem
Manhãs me desvanecem
De teia de aranha tenho medo
Elas não gostam das manhãs
Sei quem sou
mas sempre faltam as partes
que não sei e que ainda serão
Padeço de perguntas
Amanheço com respostas
Queria alfazema em minha face
Tempero em meu coração, arde
o que me contém
o que me derrama
Sei mesmo que sou à parte.
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