sábado, 18 de abril de 2020

gosto muito do meu silêncio
do pulsar do meu coração
de deitar o corpo e a ter mente
em branco, do deserto em mim

De andar descalça nesta areia infinita
sem palavras
mas escutar o sol falar
cheirar o vento da tarde
beijar o horizonte com os olhos.
bem fechados, para enxergar melhor

gosto da solidão
de me esconder em telhados e cavernas
de me perder em ideias pequenas
na medida da formiga do chão

o silêncio canta a paz
a solidão me aconchega nos braços

VAZIO: a eternidade que me ilumina
OS ABISMOS, AS LACUNAS,
Tantos espaços para se jogar com afinco.

Preciso deste deserto
em mim

terra pra nascer
largura para crescer
céu para voar

quando chove
saem asas dos casulos
quando chove
saem asas dos casulos
quando chove
saem asas dos casulos

Asas podem crescer para libélula ou para dragão

A semente da asa já está lá, ou a gente desenha com imaginação?

Deixo esta ideia no caderno,
volto a observar como a areia, mesmo fina,
tem uma estranha maneira de nos presentear com cristais.



Nenhum comentário:

Postar um comentário