sexta-feira, 25 de agosto de 2017

Hoje comi arroz com agrião
Porque você me aconselhou
No pé do ouvido ao violão
E talvez tenha me convencido
Com o carinho da suas mãos
Tãos másculas e tão sensitivas
Que posso tentar limpar meu pulmão
A cura nunca é doce
Mas quando me aqueço
Com sua pele rubra
Percebo que a vida
Em mim
Pode ter um novo começo
Uma poesia às vezes são só palavras
E noutras são um sopro de arpa
No pulmão, como o agrião
Pode nem ser tão áspero
Quanto esperado
E a muda esgotada de andanças
Por terras insalubres
É tocada de seiva
E abre os olhos

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