domingo, 13 de agosto de 2017

Reinventando minha cidade

outros e mesmos caminhos possíveis
a cidade dentro da cidade
olhar estrangeiro

me perdi

e me encontro estrangeiro
dentro da minha própria cidade
tem gosto de pitomba com água da chuva
e cheiro
de café coado na hora do adeus

e as tranças, os becos
os caminhos possíveis

são minha metade perdida
esparsa nos cantos

sento na guia
e olho o infinito
ser turista dentro de mim
tomar café com minhas vazantes
e me sentir repleta

porque cada beco
tem uma parte
de minha mônada
e posso aprender

com as paredes
os musgos
as guias
e este desorizonte enevoado


é sempre bom
andar à esmo
tomar café com vazio
e sentir sabores
desconhecidos

é sempre bom
se perder
se deparar com abismos
e ter que reinventar
nossa própria cidade


Nenhum comentário:

Postar um comentário